No dia 25, os participantes no Encontro Autárquico da CDU de Gondomar fizeram um balanço aprofundado do trabalho realizado e perspectivaram o futuro, lançando-se, assim, as bases para o acto eleitoral deste ano.

Da análise do que foi feito nos vários órgãos autárquicos – nomeadamente pelo vereador e eleitos na Assembleia Municipal e nas freguesias – ficou o registo de uma intensa participação de eleitos da Coligação PCP-PEV, assinalando-se as limitações da intervenção inerente a uma posição minoritária, inclusive no trabalho executivo na União de Freguesias de S. Cosme, Valbom e Jovim. Destacado foi, ainda, o trabalho em maioria desenvolvido pela CDU na União de Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova, com a afirmação do projecto comunista nas duas freguesias.

No encontro expôs-se as carências e anseios das populações e trabalhadores do concelho, destacando-se temas como a mobilidade, com a afirmação da necessidade de um sistema público de transportes colectivos de passageiros que sirva o concelho, bem como a extensão da linha de Metro até ao centro de Gondomar.

Degradação

Relativamente ao ambiente, referiu-se que a recolha de resíduos sólidos urbanos sofreu uma contínua degradação desde a sua concessão; que se mantêm os problemas no sistema de tratamento de águas, designadamente na ETAR de Granido; que é insuficiente a cobertura da rede de saneamento, apesar das elevadas taxas de ligação; e que não foi solucionada a emergente questão da remoção dos resíduos perigosos da Freguesia de São Pedro da Cova.

Nos projectos de interesse público, as críticas estenderam-se ao atraso na concretização do Parque das Serras e à má definição estratégica e a escala reduzida do Parque Urbano de Rio Tinto, assim como a não dinamização das minas do Portal e a necessidade urgente de preservação e valorização do Cavalete do Poço de São Vicente, em conjunto com o complexo mineiro de São Pedro da Cova.

Entre muitos outros temas, foram dados a conhecer os problemas laborais, referindo-se a necessidade de melhoria das condições de trabalho no Parque Operacional da Câmara, em Fânzeres, e a falta de meios humanos e materiais nas empresas municipais Rede Ambiente e Águas de Gondomar, com os trabalhadores a serem obrigados a horários desregulados e com falta de condições.